Todos os anos, 22 países participam no programa EurA1c utilizando duas amostras com um valor atribuído pelo método de referência desenvolvido pela Federação Internacional de Química Clínica e Medicina Laboratorial (IFCC). Os dados obtidos de mais de 4.000 laboratórios participantes fornecem uma visão global do desempenho das determinações de hemoglobina glicada (HbA1c). Desde
2017, o México participa da EurA1c e é o único participante da América Latina. Este artigo descreve a experiência mexicana e analisa os resultados obtidos ao longo de seis anos. As amostras foram quantificadas por metodologias comumente utilizadas porque algumas delas são aplicadas em uma grande diversidade de instrumentos, onde se mostra que a maior parte do erro provém da imprecisão e que existem diferenças significativas entre os métodos. Fatores como a diferença de equipamentos, a utilização de sistemas heterogêneos e as diferentes regulamentações ou a falta delas se refletem no desempenho dos laboratórios participantes. As avaliações anuais da EurA1c mostram uma diminuição na dispersão das médias dos resultados reportados pelos participantes mexicanos, o que se traduz numa tendência de melhoria. Foi realizada uma análise estatística anual de desempenho e, além disso, o modelo objetivo de qualidade proposto pela IFCC foi utilizado para determinações de HbA1c. A EurA1c se tornou um motor de mudanças refletidas em melhores desempenhos obtidos pelos laboratórios participantes e, portanto, em melhores cuidados aos pacientes.
